*Tava dando hoje no Bom Dia Brasil que os operadores de teleatendimento são mega estressados, e que esse stress somatiza.
Eu trabalhei durante um ano e meio numa central de celular, quando era Telesp Celular (nem sei qual é hoje, se é Vivo, não sei).
Entrei atendendo o geral, perguntas mil, e o Baby também. Lembra do Baby, o primeiro pré-pago? Então.
Depois, quando já tava mais safa, me passaram pra atender Contas. Caras, foi horrível (aliás, tem um blog que chama "Gente, Foi Horrível"). Só nêgo estressado, xingando geral; com telefone bloqueado por causa de conta, nossa, um horror mesmo. E a gente sem poder falar nem fazer nada, a não ser dizer "sim senhor, pois não senhor". E, na maioria das vezes, o cliente tava certo.
Teve um dia que atendi Suporte Técnico também, mas não manjava nada! Minha sorte é que tinha um menino do meu lado que era do Suporte, e salvou minha vida.
E os horários? Porque a jornada é de seis horas, com 15 minutos pra comer e mais 5 pra banheiro e água. Durante as seis horas.
Comecei num horário chato à beça, do meio-dia às seis da tarde. Depois passei pra um horário ótimo, das seis da tarde à meia-noite. Nossa, passava rápido, o pessoal era legal, adorava. Ruim foi só um ano-novo que dei plantão, e saí quinze pra meia-noite. Passei o ano "em trânsito".
Depois peguei das seis da manhã ao meio-dia, das sete à uma da tarde, das oito às duas... Já troquei com uma colega e trabalhei das oito da noite às duas da manhã também. Ótimo horário.
Teve uma época que fiquei ajudando a supervisão. Foi MARA, porque não atendia, ficava só tirando dúvidas, ajudando os novos atendentes, e geral achava que eu era muuuuito esperta; era nada, mas disfarçava bem. Rá.
Depois, tive que atender novamente. E aí, colega, não aguentei não. Pra quem tava seis horas na moral ali, ter que sentar e ouvir clientes de novo foi cruel. Não durei muito, foram uns 2 meses e pedi pra sair.
É realmente muito estressante. Como disse a reportagem, uma média de 120 ligações por dia; 200 nos dias mais apertados. Tendo que atender no mínimo tempo possível, com fraseologias imensas e artificiais, dando informações corretas (óbvio), ser gentil com o cliente (por mais que ele te chame de filho da truta), com a chance de estar sendo monitorado e pensando na avaliação mensal, quando você ou ficava na berlinda pra porta da rua ou ganhava uma canetinha, um chaveirinho etc, em reconhecimento ao seu trabalho.
Até que na minha época o salário não era ruim não; por seis horas/dia, seis dias na semana, dava quase mil reais (com transporte e refeição inclusos). Hoje nêgo tá ganhando, se muito, metade.
Mas, apesar de tudo isso, me diverti muito lá. Lembro que levávamos revistas pra ficar folheando, conversávamos muito, risada alta... Teve um dia que até manicure fizemos enquanto atendíamos os clientes.
Trabalhinho de corno, mas dá pra passar um tempinho.
*Então, Matheus vai sábado pra Campinas, passar as férias lá, as usual.
*E fui.
*"Go west", Pet Shop Boys.
2 comentários:
Putz...cada uma que a gente descobre das pessoas..
Então tá!
Então menina, não sou uma caixinha de surpresas? KkkKkk...
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