quarta-feira, 21 de maio de 2008

Let me out or let me in

QUARTA, 21.05.08.


*Li uma vez que depois que temos filhos nossa vida se resume a cocô. Cocô tá mole, cocô tá duro, cocô tá verde, fez muito cocô, não tá fazendo cocô. Digo isso porque Daniel e Artur estão com virose; então é diarréia na certa. Fica com nojinho não, tá?
Como Daniel teve uma noite de rei, ou se preferir, uma noite gospel ("Diante do trono", hohoho), achamos eu e Gomes por bem levá-los à emergência.Chega lá a Dra. examina, pergunta, coisital, talicoisa e manda fazer um exame de fezes. Pra ela ver na hora.
Vamos ao laboratório, ali mesmo no hospital. Aí o porquê de eu começar o post falando de cocô. Tem coisa mais sem futuro do que esperar criança fazer o número dois? Gomes comenta "isso vai demorar." Então, pois é.
O primeiro a se manifestar foi o Daniel, que também se sujou todo, coitado, diarréia é fogo. Como eu tava com o Artur no colo, foi Gomes lá no WC com o Dani.
"E aí Jal, conseguiu ?"-"Então, só um pouquinho, será que dá?"-"Poxa, nem sei; pergunta lá à moça."E lá vai o Gomes com o potinho aberto mostrar pra moça se a quantidade de caca é suficiente. Eu até ia falar pra ele que não precisava mostrar; explicava pra ela o quanto tinha; mas deixei pra lá, tem coisas que nem valem a pena.
Meia hora depois o Artur faz sua parte, e bem feita, diga-se de passagem. Haja visto a pouca quantidade de material que o Daniel nos deu, dava pena de jogar fora a fralda cheia. Mas enfim né, eles não iam precisar de tanto.
Bota mais quase duas horas pros exames ficarem prontos; virose pros dois, remedinhos bla bla bla whiskas sachê; borapracasaqueavidacontinua. E dá-lhe cocô a tarde toda.


*Será que as pessoas, assim como eu, pensam em falar um monte de coisas e acabam falando só o resumão? Explico.
Quando vou falar, conversar com alguém, passa um mundo sobre o assunto, mas eu penso que nem tudo deve interessar a outrem (e realmente não interessa), aí mando só um pincelada sobre e ponto final.
Terça fui fazer uma ressonância pra ver a parada aqui da coluna, e o exame é bem estranho. Fica-se quase 20 minutos deitado, sem se mexer, num canudo fechado, sem poder abrir os olhos; e se pudesse ficar sem respirar seria ótimo, porque "não pode mexer nada nada, tá Sra. Beatriz?". Aí é um teste de autocontrole né. Logo que estava no canudo, deu agonia por não poder abrir o olho; lembrei do Monk, no episódio que ele é enterrado vivo. É estranho, parece que o ar fica escasso.
Aí comecei a tentar me distrair, pensando em N coisas; no trabalho de literatura, em como será que estão os meninos, o Jal tá viajando agora etc. Aí começa uma barulheira, que te desconcentra geral, a respiração fica ofegante; e o medão de levar um pito da moça?Depois o ouvido acostuma com o barulhão e começa a dar uma moleza, um sono... Sabe quando você tá quase dormindo, que sonha com um monte de coisa que não lembra depois? Então, isso aconteceu várias vezes.
Mas então, eu tava pensando em dizer tudo isso pra moça que me ajeitou na caminha do canudo, quando saísse dele; mas o bom senso falou mais alto e eu só perguntei: "as pessoas costumam dormir no exame?", no que ela disse "dormem, apesar do barulho", deu uma risadinha, eu também, agradeci, tchau.

Porém, em se tratando de elogiar, sendo sincero, não vou guardar não. Ontem tava passando no jornal que falta bem pouco pro que a guarda compartilhada vire lei. Eu e Gomes assistindo; ele disse "isso mesmo, tá certo!". Porque ele é um pai nota mil mesmo. Fico boba com o amor, o cuidado, a preocupação dele com os meninos. Desde que ficou pai, faz de tudo. Dá banho, comida, mamadeira, troca fralda, acorda de noite, conta historinha, leva pra passear, brinca; tudo mesmo.É estar em casa que faz sem reclamar; é pai mesmo.
Aí que ontem eu tava divagando denduônibus sobre como estariam as coisas daqui dez anos; e a primeira coisa que veio à cabeça foi "quero estar com o Jal!".
Hoje cedo, estávamos nos arrumando pra ir pro pronto socorro e lá tava o Gomes, botando roupa nos meninos. Lembrei das coisas que tinha pensado, falei. Que se um dia a gente se separasse ("e que Deus nos livre e guarde disso") eu ficaria tranquila em compartilhar a guarda dos meninos; e falei o quanto ele é um bom pai etc. Ele amou...
Também falei o que pensava da Dida e do trabalho dela. A Dida faz slings, pouchs e bolsas num capricho, num talento tão grande que a gente baba. Aí eu disse pra ela também. Prontofalei.
Tá aí ó: http://www.maniadesling.com.br/ . Procura no orkut Mania de Sling, by Dida.


*Genteammm, post mega, chega.

*"Let me out or let me in", Ben Johnson. Não curto música modinha, mas essa é tchuca.

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