Até uns 12, 13 anos eu não era lá muito ligada em música, sabe?
Daí uma vez meu primo, que morava comigo, pegou um disco emprestado de um vizinho nosso (inclusive isso tem história: na capa do disco um recadinho do dono dizia:
"Emprestar é um prazer
Devolver é seu dever"
Só que eu ....não devolvi. Shame on me!)
Então, e esse disco era um do Pet Shop Boys, Remix.
A-pai-xo-nei.
Comecei a ler sobre música, pesquisar em sebos e nas revistas BIZZ (lembra?) que eu também comprava de segunda mão.
Conheci muita coisa e, refinando, montei a minha trindade sagrada da música inglesa: Pet Shop Boys, The Smiths e Duran Duran. (Essa trindade às vezes virava um quarteto; tive minha fase de fã do The Cure).
Pet Shop Boys e Duran Duran são festa. The Smiths é coisa séria, profunda, me tocou muito.
Eu comprei tudo o que consegui dos Smiths em sebos. Passava horas no quarto ouvindo o Morrissey cantar, ora que os céus sabiam o quanto ele estava triste, ora que ele achava que os DJs deviam ser enforcados, ora perguntando 'que diferença isso faz?'.
Mas a música mais linda, a mais harmoniosa, a que me pegou; essa não tem letra.
Essa música sou eu.
"Oscillate Wildly"
*Para blogagem coletiva "Solta o som", do blog Fio De Ariadne.
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